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O acervo fotográfico do Cimi/NE

O Cimi atua no Nordeste de forma sistemática desde o ano de 1978. O acervo fotográfico da instituição conta com registros feitos pelos seus integrantes que desde esse início. É um material que antes estava nos suportes de fotografias em positivos, negativos e slides.

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A digitalização deste material foi feita em duas etapas:

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  • Entre os anos de 2015 e  2016 foi feita a digitalização e catalogação do acervo fotográfico (positivos e slides). Das 7.500 fotografias e 380 slides, cerca de 5.500 peças foram devidamente digitalizada pelo projeto 2020/2014 (Edital FUNCULTURA 2013/2014);

  • Entre 2018 e 2019 foi realizada a digitalização do acervo de negativos, pelo projeto n° 2000/16  (Edital FUNCULTURA 2015/2016);

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O acervo conta com três tipologias de registros fotográficos, a partir de seus conteúdos:

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  1. registro da vida quotidiana nas aldeias (imagens de lideranças tradicionais, rituais, dos territórios e das atividades produtivas etc.);

  2. registro das mobilizações e encontros do movimento indígena (participação no processo da Constituinte,  assembléias, encontros estaduais, regionais e nacionais dos povos indígenas, manifestações etc.);

  3. registro do indigenismo no nordeste (encontros, missas, formações etc.).

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Pesquisa no acervo fotográfico do Cimi

Entre os anos de 2015 e 2016 - a partir do projeto "Pesquisa no acervo fotográfico do Conselho Indigenista Missionário - Regional Nordeste" Projeto n° 1393/2014 (Edital FUNCULTURA 2013/2014) -, realizamos o mapeamento e a sistematização de dados sobre as peças do acervo fotográfico, bem como o trabalho de pesquisa sobre a história da constituição do próprio acervo.

 

Existiam no acervo muitas peças sem indicação de catalogação, esta pesquisa possibilitou não apenas a produção e divulgação de conhecimento sobre a história do indigenismo e do movimento indígena contada pelo acervo, mas também, auxiliou no processo de catalogação das peças que o compõem.

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A pesquisa realizou as seguintes atividades de pesquisa e organização dos dados:

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  1. mapeamento do material fotográfico e sistematização das informações existentes sobre as peças (povo, ano, local, atividade, autor do registro, etc.) e complementação dos dados a partir do trabalho de pesquisa;

  2. entrevistas com os produtores do acervo/indigenistas para: levantamento histórico da atuação indigenista na região nordeste, e para aprofundamento das informações sobre as peças;

  3. sistematização: do processo de constituição do acervo; levantamento histórico sobre sua produção; 

  4. Organização dos dados nos produtos elencados a seguir;

 

 

​​Mapeamento das peças fotográficas - A metodologia da primeira etapa foi fazer o mapeamento do conjunto do material fotográfico com elaboração de um banco de dados que contém as informações já existentes sobre as peças e que foi alimentado com as informações produzidas ao longo da pesquisa. A fase de mapeamento implicou a análise do material fotográfico e a definição de critérios de organização e sistematização, envolvendo parâmetros temáticos, geográficos da localização dos povos, históricos, dentre outros. 

 

Levantamento de dados sobre as peças - A metodologia desta segunda etapa contou com a realização de pesquisa de campo, tendo como referência principal à realização de entrevistas na modalidade história de vida. Em um primeiro momento, a pesquisa foi feita uma revisão bibliográfica sobre metodologia e sobre a história do movimento indígena e do indigenismo no nordeste, a partir da produção nas áreas da história e da antropologia.

 

 Entrevistas - O segundo momento foi dedicado a realização de entrevistas com os produtores do acervo/indigenistas. As entrevistas foram gravadas (registro audiovisual) e utilizamos técnica de pesquisa baseada na história de vida; as pessoas selecionadas, além de serem os produtores do acervo, foram os indigenistas que atuaram no CIMI a partir da década de 70, ou outras instituições indigenistas da região, e que proporcionaram um importante registro da história da atuação da instituição no nordeste. As entrevistas foram subsidiadas pelas peças fotográficas, de modo a reconstruir fatos e acontecimentos registrados no acervo. O que permitiu em algumas vezes a identificação e coleta de informações sobre as peças sem identificação.    

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Sistematização das informações sobre as peças - Na terceira etapa as informações levantadas referentes as peças fotográficas foram sistematizadas no banco de dados, contribuindo assim com o mapeamento inicial, complementando os dados existentes.

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Sistematização da história do acervo e do indigenismo no Nordeste - Nesta etapa, o material recolhido a partir das entrevistas e da análise das peças fotográficas, deu subsídios para a elaboração do texto que possibilitaram traçar o histórico deste acervo e da sua composição, bem como historiar a atuação indigenista no Nordeste, sendo que este histórico está intrinsecamente imbricado na história do movimento indígena e dos povos nos últimos 40 anos.

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